Ácidos Carboxílicos e Fenóis Presentes em Petróleo

12/07/2012 14:26

 

O estudo da amostra de petróleo da Bacia Sergipe-Alagoas, permitiu identificar séries homólogas de diferentes biomarcadores saturados e aromáticos. O óleo apresentou ausência de n-alcanos e presença de pristano e fitano como os constituintes principais. A quantidade relativa de pristano e fitano expressa como a razão P/F é usada como indicador de deposição ambiental da fonte. Valores de pristano (P) maior do que fitano (F) observados para o óleo com a razão P/F maior do que 1 (P/F>1) sugere condições ligeiramente óxidas para a rocha de origem. O óleo biodegradado analisado apresenta uma distribuição de compostos tricíclicos, de C20 a C24 maior do que a distribuição dos hopanos. Os terpanos tricíclicos de cadeia longa são geralmente detectados em baixa concentração em óleos derivados de matéria orgânica de origem terrestre.

No óleo o composto identificado como bifenila (BF) foi detectado em baixa concentração. O metilnaftaleno (MN), teoricamente teria dois isômeros, posições α e β, mas com o aumento da maturação o isômero β-MN predomina na amostra de óleo e sedimento. A partir dos dados de trimetilnaftaleno (TMN) e tetrametilnaftaleno (TeMN), pode-se classificar o óleo como de maturidade média. Os parâmetros de maturidade calculados de acordo com a razão entre o Ts e Tm encontrado no fragmentograma m/z 191  para o óleo foi de 0,34 e 0,17 respectivamente. Encontrou-se na bibliografia uma linearidade nos valores de TMNr e Ts/(Ts + Tm) que as reações de transferência de metila e/ou deslocamento de metila nos derivados Ts, Tm e TMN ocorrem pelo mesmo processo, como por exemplo por catálise ácida. Um processo que afeta a distribuição dos TMNs e TeMNs é a mistura de óleos de diferentes maturidades no reservatório.

A bacia sedimentar Sergipe-Alagoas apresenta incipiente estudo na área de biomarcadores. O presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) descreve análises desenvolvidas em óleos desta bacia no período de Março de 2000 a Novembro de 2002, no Departamento de Química da Universidade Federal de Alagoas – UFAL.

TCC - Valéria.pdf (1,4 MB)

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